Impacto da mudança do estilo de vida (MEV) e do trabalho multidisciplinar no tratamento da hipercolesterolemia: relato de caso

Autores

  • Eduarda Araujo Baras Graduanda, Medicina, Universidade Nove de Julho, UNINOVE, São Paulo, SP, Brasil
  • Carlos Alexandre Carnieli Takano HealPro, Centro de Reabilitação Intensiva, Campinas, SP, Brasil https://orcid.org/0009-0004-6085-1955
  • Bruno Albuquerque Colontoni HealPro, Centro de Reabilitação Intensiva, Campinas, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.61661/congresso.cbmev.7.2024.129

Palavras-chave:

hipercolesterolemia, medicina do estilo de vida, MEV, multidisciplinar

Resumo

Introdução: A hipercolesterolemia é um importante fator de risco para doenças cardíacas coronarianas (DCC). A MEV exerce impacto significativo no tratamento desses pacientes. Objetivos: Destacar a importância da MEV na hipercolesterolemia em pacientes sem critérios para terapia farmacológica. Metodologia: Este trabalho é um relato de caso de uma paciente acompanhada ambulatorialmente durante dois anos. Resultados: Paciente S.A, 59, Campinas, SP, avaliada pelo cardiologista, em fevereiro de 2022, devido a palpitações. Faz uso de alprazolam e paroxetina. É sedentária, nega alcoolismo e tabagismo. À anamnese, relata estresse devido à carga de trabalho. Solicitados holter e mapa cujo resultado mostrou apenas 2 taquicardias supraventriculares com 3 e 4 batimentos. Teste ergométrico sem alterações. Nos exames laboratoriais, destacam-se: colesterol total (CT) 266, HDL 60, LDL 146 (limítrofe), triglicérides (TG) 101 mg/dL. Em razão do perfil lipídico, sedentarismo e alto estresse, foi adotado um trabalho multidisciplinar através da MEV. Os objetivos eram elevar o ganho de capacidade funcional, por meio do aumento de massa magra e redução de gordura. Com o auxílio de um educador físico, a paciente iniciou musculação, 120 minutos por semana e aderiu ao “Desafio dos 10.000 passos por dia”. Realizou-se acompanhamento nutricional a cada 45 dias. Em julho de 2022, apresentou redução de 1,7kg e desmame do alprazolam. Em maio de 2024, retorna, com excelente adesão aos pilares da MEV e significativa melhora do perfil lipídico: CT 196, HDL 71, LDL 108 e TG 83. A única alteração laboratorial encontrada era a dislipidemia. Optou-se pela intervenção sem estatina. Esta decisão foi embasada no Escore de Framingham, o risco de evento de DCC em 10 anos foi de 6,4%, e no Prevent foi de 3,8%. Observou-se redução de 26,03% no LDL e de 26,32% no CT. A abordagem MEV demonstrou potência semelhante à que seria encontrada com o uso de boa parte das estatinas. Conclusão: Demonstra-se a importância da MEV na qualidade de vida e promoção de saúde, sem o uso de prescrições desnecessárias em pacientes sem comprovada indicação.

Biografia do Autor

Eduarda Araujo Baras, Graduanda, Medicina, Universidade Nove de Julho, UNINOVE, São Paulo, SP, Brasil

Carlos Alexandre Carnieli Takano, HealPro, Centro de Reabilitação Intensiva, Campinas, SP, Brasil

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Bruno Albuquerque Colontoni , HealPro, Centro de Reabilitação Intensiva, Campinas, SP, Brasil

Referências

Faludi AA, Izar MCO, Saraiva JFK, Chacra APM, Bianco HT, Afiune Neto A, Bertolami A, et al. Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose– 2017. Arq. Bras. Cardiol. 2017;109(2 suppl 1):1-76.

Magalhães MEC. Novas Metas de Colesterol da Diretriz de Dislipidemia da SBC. Int. J. Cardiovasc. Sci. 2017;30(6):466-8.

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Publicado

2024-11-01

Como Citar

1.
Baras EA, Takano CAC, Colontoni BA. Impacto da mudança do estilo de vida (MEV) e do trabalho multidisciplinar no tratamento da hipercolesterolemia: relato de caso . Congresso Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida [Internet]. 1º de novembro de 2024 [citado 29º de dezembro de 2024];7. Disponível em: https://cbmev.emnuvens.com.br/cbmev/article/view/129

Edição

Seção

Avaliação Clínica e Diagnóstico em Medicina do Estilo de Vida

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