Efeitos do autocuidado apoiado sobre o perfil antropométrico de pacientes hipertensos
DOI:
https://doi.org/10.61661/congresso.cbmev.7.2024.132Palavras-chave:
autocuidado, manejo da obesidade, fatores de risco de doenças cardíacas, hipertensãoResumo
Introdução: o que comumente se percebe entre as pessoas com doenças crônicas é a desmotivação no cumprimento das prescrições em saúde, especialmente para perda de peso, o que provoca a não adesão terapêutica e o agravamento da doença. Objetivo: avaliar os efeitos do autocuidado apoiado sobre o perfil antropométrico de pessoas com Hipertensão Arterial. Metodologia: ensaio clínico randomizado desenvolvido com 78 hipertensos do município de Cajazeiras – PB, no período de 2020. O protocolo de intervenção consistiu em consultas norteadas pelo autocuidado apoiado, implementado através da técnica dos 5 A’s para o grupo intervenção (GI). Foram realizadas 03 consultas presenciais e 03 no formato de telemonitoramento, que tiveram duração de 06 meses. O grupo controle (GC) seguiu o acompanhamento habitual da equipe de saúde da família. Resultados: os dados evidenciam redução no perfil antropométrico dos participantes do GI, com melhora significativa (p < 0,05) nas médias/medianas de peso, circunferência abdominal, relação cintura/quadril e Índice de Massa Corporal após o seguimento, embora os níveis alcançados não tenham implicado na diminuição do risco cardiovascular referentes a essas variáveis. O GC não sofreu alterações significativas em nenhuma das medidas avaliadas na fase final do estudo. Conclusões: o autocuidado apoiado, além de permitir um diálogo aberto e realista entre médico e paciente, é associado ao aumento da motivação para perda de peso, intenções de comer melhor e de praticar exercícios regularmente. A aprendizagem da metodologia dos 5 A’s proporciona aos profissionais de saúde aumento da sensibilidade autorrelatada, da confiança e da disposição para iniciar conversas sobre o controle da obesidade. Além disso, observa-se maior tendência na elaboração de planos de cuidados em torno das preferências, sentimentos e motivações dos pacientes, menor imposição de condutas, aumento das interações colaborativas entre enfermeiros, nutricionistas e profissionais de saúde mental, bem como melhora nas visitas clínicas, abrangência e acompanhamento.
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