Mortalidade por transtornos mentais e comportamentais no Brasil: uma análise dos últimos 10 anos (2013-2022)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61661/congresso.cbmev.6.2023.45

Palavras-chave:

mortalidade, Transtorno Mental, Transtorno do Comportamento, Estudo ecológico

Resumo

Introdução: Os problemas de saúde mental são comuns em todos os países do mundo.  Em 2019, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase um bilhão de pessoas viviam com um transtorno mental, esse valor aumentou mais de 25% no primeiro ano da pandemia da COVID-19. O Brasil, de acordo com a OMS, ocupa o primeiro lugar em prevalência dos transtornos ansiosos e o terceiro lugar em transtornos depressivos. Os Transtornos Mentais e Comportamentais (TMC) foram responsáveis por mais de uma em cada 100 mortes e 58% das mortes ocorreram antes dos 50 anos de idade. Saber a tendência de mortalidade por essas condições é imprescindível para direcionar políticas de saúde pública. Objetivo: Analisar a tendência de mortalidade por transtornos mentais e comportamentais, entre os anos de 2013 a 2022, no Brasil. Metodologia: Realizou-se um estudo ecológico de análise temporal, que utilizou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) por transtornos mentais e comportamentais no Brasil. Foi criado um banco de dados através do software Microsoft Excel 2010, no qual as informações foram analisadas. A taxa de mortalidade (tM) foi calculada a partir da seguinte equação: tM=n óbitos X 100.000/ população. Resultado: O Brasil teve 146.716 óbitos, no período analisado, com tM média anual de 7,09. Avaliando cada região, as unidades federativas com a maior tM média por TMC em relação aos óbitos totais foram Tocantins (Norte) com 7,52, Sergipe (Nordeste) com 14,53, Minas Gerais (Sudeste) com 11,85, Paraná (Sul) com 8,4 e Distrito Federal (Centro-Oeste) com 8,91. A taxa de variação da mortalidade foi maior entre os anos de 2019 e 2020 (0,17). Conclusão: Houve uma tendência de aumento nos óbitos por TMC no Brasil ao longo dos anos analisados, principalmente entre 2019 a 2020, registrando a maior variação de tM por TMC, demonstrando que a questão se agravou durante o período da pandemia da COVID-19. Portanto, nota-se um problema de saúde pública que merece atenção e ação pelo sistema de saúde e sociedade em geral.

Biografia do Autor

Gabrielle Cabral de Santana Ribeiro

Laiane Kelly Chaves de Souza, União Metropolitana de Educação e Cultura, UNIME, Lauro de Freitas, BA, Brasil

Kércia Carvalho Ferreira, União Metropolitana de Educação e Cultura, UNIME, Lauro de Freitas, BA, Brasil

Ana Júlia Medeiros Barbosa, União Metropolitana de Educação e Cultura, UNIME, Lauro de Freitas, BA, Brasil

Ildete Silva Viana Neta, União Metropolitana de Educação e Cultura, UNIME, Lauro de Freitas, BA, Brasil

Patrícia Aparecida da Silva Valadão, União Metropolitana de Educação e Cultura, UNIME, Lauro de Freitas, BA, Brasil

Tatiana Marins Farias, União Metropolitana de Educação e Cultura, UNIME, Lauro de Freitas, BA, Brasil

Referências

World Health Organization. World mental health report: transforming mental health for all. Geneva: World Health Organization, 2022.

PEREIRA, Priscila Krauss et al. Transtornos mentais e comportamentais no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) no estado do Rio de Janeiro no período de 1999 a 2010. Cadernos Saúde Coletiva, v. 20, p. 482-491, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-462X2012000400012

Publicado

2023-11-07

Como Citar

1.
Ribeiro GC de S, Souza LKC de, Ferreira KC, Barbosa AJM, Viana Neta IS, Valadão PA da S, et al. Mortalidade por transtornos mentais e comportamentais no Brasil: uma análise dos últimos 10 anos (2013-2022). Congresso Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida [Internet]. 7º de novembro de 2023 [citado 30º de dezembro de 2024];6. Disponível em: https://cbmev.emnuvens.com.br/cbmev/article/view/45

Edição

Seção

Avaliação Clínica e Diagnóstico em Medicina do Estilo de Vida

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